sábado, 24 de novembro de 2012

Para os que ainda não "mataram" o Facebook



No domingo, 11 de novembro, ouvi uma mensagem em que o pastor, em determinado ponto, alertou para os riscos e futilidades das redes sociais. Para ele, o facebook não traz benefício algum. É uma rede de fofocas onde as pessoas passam o tempo todo bisbilhotando a vida de outras pessoas. Além disso, divulgam as suas próprias intimidades, postando fatos e fotos do seu dia a dia, a espera que outros façam o mesmo. Falou também sobre o desperdício de tempo, pois os jovens passam horas intermináveis logados e curtindo baboseiras e imagens sem graça, ao invés de estarem servindo a Deus. Lá pelas tantas, lançou um desafio para os membros: mostrasse uma conversão, uma benção através do facebook, que ele mostraria dezenas de maldições e desmantelos que o face causou em pessoas e famílias. Concordo com ele em gênero, número, mas não em grau.

Na década de 1950, quando o empresário Assis Chateaubriand desembarcou no Brasil com os 200 primeiros aparelhos de TV, e numa jogada de marketing, os espalhou pela cidade, aquilo causou um rebuliço. Ninguém queria fazer mais nada, a não ser ficar em frente de um desses aparelhos contemplando pontos pretos e brancos formando imagens disformes. Onde estava um aparelho de TV, ali estavam as pessoas reunidas com seus afazeres por fazer. Pouco tempo depois, a TV se populariza e entrou de vez nas casas. Aí o bicho pegou. 

Quem nunca ouviu ou soube de alguma mensagem onde se apregoava a quebra de aparelhos de TV a pau. Pessoas passavam um ano inteiro juntando o que sobrava para adquirir um pouco de entretenimento (na verdade não era sobra, mas sacrifício onde se deixa de comprar umas coisas para ter outra – sobra de dinheiro... só pra rico). No dia seguinte, chega um pastor novo na cidade com uma mensagem de que TV é coisa do diabo e pau na TV. O trágico é que pastores do mesmo naipe, hoje, têm um discurso parecido, só que transmitido por aparelhos de TV e suas emissoras, que os membros de suas igrejas ajudam a pagar.

Há um jargão tão velho quanto útil: “a TV tem um botão – liga/desliga”. E isso resume tudo. O que se passa em teus pensamentos entre o ato que te impulsionou a ligar uma TV ou acessar a internet e o ato que te levará a desliga-los é o que importa. Como diz Paulo em 1 Co 10:31 “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.”, e em outra parte diz “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Coríntios 10:23), “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Coríntios 6:12).

Se o que você vê e faz na internet ou no seu site de relacionamentos glorificam a Deus, não vejo óbice para continuar o que está fazendo. Agora, se não, pare imediatamente. Uma maneira de descobrir isso é, primeiramente, pedindo a Deus para ajudar-lhe a sondar seu coração. Davi o fez e registrou esse pedido no belíssimo Salmo 139: “SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos." (Salmos 139:1-3) e no versículo 23 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.”

Se mesmo assim você tiver com dúvidas, permita que seus pais vejam o que você faz na internet e posta no facebook. Ousaria mais, dê seu login e senha para que eles tenham amplo acesso. Estranhos são os jovens de hoje... reivindicam privacidade aos pais, enquanto postam suas intimidades para os “amigos”. 

Se faltaram argumentos pra sair do Facebook:


Se a vontade de permanecer for maior ainda:


Terminando. Pra ser benção no ambiente virtual, necessário antes ser benção no mundo real. Não adianta perguntar se os crentes de hoje utilizam o facebook como instrumento de evangelização, quando na verdade não dão a mínima para o perdido que está sentado ao seu lado, e menos ainda para um irmão em Cristo que precisa de um pouco de atenção. Sei que sua igreja tem um site. Pergunte ao seu pastor quando foi a última conversão! Mas esse é um assunto para um outro post. Quem sabe...

Leia a Bíblia. Pense. Viva. 

Fredson Andrade


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