terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Quem Tem Medo de Assembleia?



Introdução 

Esse é um tema amplo e que eu considero apaixonante. O motivo desse interesse é o mesmo que levou à Reforma Protestante do século  XVI: a liberdade do homem dizer o que pensa e de guiar-se somente pela Palavra de Deus, independente de hierarquia humana. Sola scriptura, diziam os reformadores. Lamento concluir, mas em nossos dias uma reforma parecida se faz necessária dentro de algumas igrejas, mas isso não acontecerá sem que, antes, reformemos o nosso coração e a nossa mente. 

Já ouvi pastores dizerem que o lugar mais perigoso para um não-convertido estar é dentro de uma igreja evangélica. Eles só não dizem que para o crente também o é. Não falo isso me referindo a todos os crentes, mas a uma categoria particular de verdadeiros convertidos que ainda choram diante dos pecados de seus líderes e das muitas dores que estes causam em suas igrejas, preferindo não fechar os olhos nem calar a boca quanto a isso. Também não me refiro a todas as igrejas, mas apenas àquelas administradas por líderes autoritários e arrogantes, que medem o “sucesso” de seus ministérios com números, estatísticas e metas, que não suportam críticas e se cercam de bajuladores encarregados de constantemente lhe massagearem o ego. 

Alguém tem que falar sobre esse assunto de forma aberta e clara. Peço a Deus para que eu não seja injusto em minhas colocações, nem que as minhas palavras sejam excessivamente pesadas, porque eu também tenho emoções, e pretendo retê-las para que o tema seja tratado de forma mais imparcial possível, enquanto minhas experiências pessoais insistem em marcar o seu lugar. 

O tema é vasto e há muito a ser escrito. Por isso o dividi em três partes. Na primeira, cujo título é Identificando os Medrosos, desafio o leitor a fazer um check-in de si mesmo e verificar se ele faz parte do rol daqueles que têm medo de Assembleia. Advirto que esse check-in é indicado apenas para que você aplique em si mesmo, apesar de reconhecer ser inevitável que você diagnostique outras pessoas pelo mesmo método. Neste último caso, os resultados podem não ser conclusivos. 

Numa segunda parte, pretendo colocar o leitor a par das estratégias utilizadas pelos líderes autoritários com o fim de implantar o terror em suas ovelhas e diminuírem o valor e a dignidade de uma Assembleia de Igreja Local. Acompanharemos todos os passos, do mais simples, onde ninguém percebe maldade, aos mais ousados, onde a vileza salta aos olhos de todos. 

Na terceira e última parte do tema, pretendo apresentar soluções para igrejas que estão indo a passos largos na direção do rebaixamento de suas Assembleias. Para algumas igrejas ainda há volta. Contudo, a minha preocupação maior será com os seus membros e procurarei mostrar uma forma de como recuperarem a dignidade perdida. 

Com a permissão de Deus, segue a primeira parte. 


Parte I - Identificando os medrosos 

“Em Deus tenho posto a minha confiança;
não temerei o que me possa fazer o homem."
(Sl. 56:11)

Todos nós tememos algo. Medo do escuro, de engordar, do dentista, da solidão, da doença, da morte, do homem mau. O medo abrange as mais diversas coisas e a sua intensidade vai depender do histórico de vida de cada indivíduo, podendo variar de uma mera ansiedade, que é um temor antecipado de se encontrar em uma situação ou com o objeto que lhe causa medo, a um pavor, que é o grau máximo do medo onde o funcionamento do corpo humano é abalado. Medo é a emoção que se caracteriza por uma angustiosa perturbação diante de uma situação de perigo ou ameaça, seja real ou imaginária, forçando-nos a uma adaptação rápida e eficaz com fins de sobrevivência, o instinto mais básico de todo ser. 

Instituições humanas também têm se valido do medo para sobreviverem. O que seria das empresas se os seus funcionários não tivessem medo do desemprego? O que seria do campeonato de futebol se os jogadores não tivessem medo de serem expulsos da partida? A punição que inflige o medo é algo salutar dentro de qualquer instituição quando aplicada dentro de parâmetro que respeitem a dignidade da pessoa humana. O próprio Estado se utiliza da sanção para conduzir seus cidadãos dentro de padrões de comportamento socialmente aceitos. Contudo, a dosimetria, o método, os meios e os fins devem ser observados e são balizas que não podem ser ignoradas jamais, sob pena de se instalar uma ditadura do medo, transformando aquilo que seria louvável e bom em algo intolerável e perverso, transformando aquilo que beneficiaria a muitos em algo que beneficia e protege os interesses de apenas um grupo, transformando aqueles que deveriam ser juízes das causas mais nobres em vis carrascos nos assuntos mais comezinhos, transformando colaboradores ativos e agentes de propagação de reinos em meros lacaios com mentalidade de súditos. 

Líderes religiosos também têm se valido do método mundano da imposição do medo em nome da sobrevivência. O detalhe diferenciador é que eles buscam a sobrevivência de si mesmos; a instituição e os membros vêm em último lugar, quando há algum lugar para estes. Mesmo que essa ordem fosse alterada, digamos, instituição-líder-membros ou membros-instituição-líder, nada justificaria impor o terror a uma congregação inteira. Atitude vil não se justifica por serem os objetivos nobres, assim como as trevas não se aliam com a luz. Contudo, para que tais líderes assegurem sua posição de donos do rebanho, eles precisam antes derrubar todos os obstáculos que o próprio Senhor Deus colocou em seus caminhos. São barreiras erguidas pelo Deus Triuno em defesa da Sua propriedade santa. Temo e tremo diante da seriedade de tal assunto porque estou escrevendo sobre aquilo que pertence ao meu Deus, aquilo pelo qual Ele enviou o Seu Filho para a morte: a Sua Igreja e Noiva. E se você, caro leitor, não estiver imbuído desse mesmo sentimento, peço encarecidamente que pare por aqui e faça a leitura do restante desse texto em outro momento. É passada a hora de deixarmos de sermos levianos com os assuntos do Rei. No entanto, se você estiver certo de que deve prosseguir, te convido aos próximos parágrafos. 

Por uma questão de padronização de termos, faço uma observação quanto à grafia. Quando eu citar a palavra Igreja com “I” estarei me referindo ao Corpo de Cristo formado pela reunião de todos os crentes remidos durante a dispensação da graça. Por outro lado, quando grafar igreja com “i” estarei me referindo à instituição igreja local composta de crentes reunidos em determinado lugar com o objetivo de prestar culto e com uma liderança humana, falível e pecadora. Tentarei seguir essa regra. 

Que barreiras Deus colocou para defender sua Igreja contra os maus líderes? 

Para chegar a essa resposta, antes se faz necessário entender o que alguns teólogos denominam de Pirâmide de Autoridade. Pirâmide de Autoridade é o escalonamento vertical e hierarquizado de todos os membros, ofícios e autoridades de uma igreja local autônoma. Observe a figura abaixo retirada do site de uma igreja conservadora:


                                     http://www.cristoevida.com/ibfcv.asp?url=igrejaOrganizacao


Por essa figura se observa que Cristo é o Cabeça e o fundamento da igreja e da Igreja. Logo abaixo está o ensinamento dos apóstolos e profetas que forma toda a base doutrinária e arcabouço teológico a ser defendido e ensinado. Seguindo, veremos a Assembleia da Igreja Local, órgão de cúpula para tomada de decisões e prestação de contas de todos, repito, todos os membros – liderança também faz parte da membresia pelo que sei. Abaixo da Assembleia estão os evangelistas e patores-mestres, responsáveis pela direção e cuidado do rebanho. Seguindo estão os diáconos e, por fim, a membresia. Os que estão acima exercem liderança sobre os que estão abaixo. 

E onde estão as tais barreiras que Deus colocou para impedir o avanço dos maus líderes? Observe novamente a figura acima e responda: quantos degraus faltam para esse pastor chegar ao topo? Esses degraus são os obstáculos que ainda restam. Destruindo a Assembleia Geral, nenhum obstáculo haverá mais entre este líder e a sã doutrina, passando ele a ditar as regras e a ter ampla liberdade para desvirtuar a Palavra de Deus, corromper a mensagem da salvação e os bons costumes, e utilizar o Evangelho em defesa de seus próprios interesses. Por fim, quando todas estas coisas acontecerem e essa pessoa tiver submetido a si tudo e todos, destronará o próprio Senhor Jesus Cristo dos corações de suas ovelhas e do comando da igreja, e tomará o seu lugar, assentando-se no topo da pirâmide. Algo parecido aconteceu com Lúcifer. “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” (Is. 14:12-13). Que Deus poupe a nós e nossas famílias desse dia. 

Ainda assim, para que esse triste cenário se concretize, é preciso antes que o último obstáculo humano estabelecido por Deus seja suplantado – a Assembleia de sua igreja. Por isso a sua atitude como membro durante as Assembleias é que dirá a direção e o ritmo com que essas coisas estarão acontecendo. O seu nível de comprometimento, de amor e zelo pela Igreja devem ser demonstrados inclusive nesse momento. Por isso, para o mau pastor é tão importante estabelecer uma atmosfera de medo na Assembleia, impedindo os crentes de se manifestarem livremente e dizerem o que pensam. Mas, como saber se você tem ou não medo de Assembleia? Resolvi te ajudar. Segue abaixo um questionário com perguntas que você deverá responder SIM ou NÃO. Leia e responda:


      1. Prefiro ficar em casa a ter que ir para uma Assembleia, e quando vou, desejo que tudo acabe
          logo. 

      2. Ao ouvir uma proposta eu torço para que não haja nenhum questionamento. 

      3. Acho que a minha opinião não tem o poder de influenciar o rumo das coisas. 

      4. Eu nunca fiz uma pergunta em Assembleia. 

      5. Já perguntei alguma vez, mas acho que teria sido melhor ter ficado calado. 

      6. Nunca expus de forma clara e cabal o que realmente penso sobre o assunto. 

      7. Prefiro me abster a ter que votar contra alguma proposta. 

      8. Prefiro que outros tomem a decisão por mim, afinal, quem sou eu para me opor a tantos. 

      9. Fulano é mais espiritual e sábio do que eu, portanto, se ele concordou, eu também concordo. 

      10. Sempre aprovo todas as propostas, mas quando termina a Assembleia murmuro pelos
            corredores da igreja e nas casas dos irmãos da decisão que eu mesmo tomei. 

      11. Tenho raiva daqueles que perguntam demais. 

      12. Tenho dó daqueles que um dia ousaram discordar e sofreram por isso. 

      13. Tenho medo do pastor de minha igreja e da maneira como ele franze a testa diante
            das perguntas. Lá vem pedra!

Agora, amigo leitor, é só você somar todas aquelas que você respondeu SIM. Se você obteve um resultado diferente de ZERO, pode concluir: você tem medo de Assembleia. Não pense que eu o critico por isso. Eu mesmo presenciei coisas indizíveis durante Assembleias a ponto de ver esposas, por medo, puxarem seus maridos pela manga da blusa forçando-os a sentarem e permanecerem calados. Medo! Emoção que nos faz agirmos de forma tola, às vezes. 

Defendo o respeito aos líderes das igrejas, mesmo os autoritários, mas defendo também que os seus pecados devem ser expostos e tais pessoas confrontadas com muito amor, doutrina e oração; o mesmo tratamento dado a qualquer pecador. Eles precisam também ser avaliados quanto ao medo de Assembleia. Para isso, há um método bastante simples que dispensa questionários e somatórios. Basta observar as atitudes que ele toma durante a Assembleia quando é arguido, tem suas pretensões ameaçadas e desejos contrariados. Pretendo tratar disso no próximo post. Por enquanto, basta saber que quando isso acontece, a reação do mau pastor é sempre desproporcional, irracional, colérica e nunca bíblica. Comporta-se como se estivesse em um ringue, batendo forte em homens feitos, mulheres e crianças. Não há limites para ele, desde que consiga levar o mais rápido possível seu “adversário” à lona. A diferença é que, enquanto “luta”, ele mesmo dita as regras, controla o relógio, bate o gongo, pontua os golpes, conta até dez e anuncia o vencedor. E quando ele termina, com as mãos ainda sujas de sangue, veste o jaleco branco e se impõe como o médico que tratará das feridas que ele mesmo causou. A sua vitória é certa e a torcida, grande. "Foi por causa dos pecados dos profetas, das maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela." (Lamentações 4:13).

Para terminar, lembro-me de uma cena clássica de Hollywood. No filme Os Intocáveis (1987), dirigido por Brian De Palma, Al Capone (interpretado por Robert De Niro) está numa reunião com seus iguais. Ele fala da necessidade de um time estar bem entrosado, todos desempenhando muito bem o seu papel, com desenvoltura, agilidade e, o mais importante, sem embaraços. Um dos membros não estava tão bem alinhado com o grupo como os demais, causando prejuízos para a organização. Foi quando o chefe resolveu dar uma aula sobre unidade - ou terá sido unanimidade?



Capone, segurando um maciço taco de baseball, literalmente rachou o crânio daquele. O pânico toma conta de todos os presentes. Nenhuma palavra dita em defesa do pobre homem. Todos preocupados com suas próprias cabeças. Uma atitude, várias lições. A principal: vale tudo para sobreviver. Afinal, Al Capone também tinha medo de Assembleia.


Leia a Bíblia. Pense. Viva.
Fredson Andrade


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Facebook, o bode expiatório da vez




“Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto.” (Lv. 16:22)


Esse é o segundo post que escrevo sobre o assunto. No primeiro, chamei atenção para a atitude correta do crente em relação às redes sociais e demonstrei que a responsabilidade sobre o que se faz nos sites de relacionamento não é diferente de tudo o mais que fazemos na nossa caminhada cristã. Comer, beber, dormir são atividades tão essenciais na vida de qualquer um, como o se relacionar com outras pessoas. Peca quem dorme demais e se esquece das suas obrigações, assim também peca o glutão e o beberrão. E o que diremos às pessoas que assim procedem? Com toda certeza não vamos aconselhá-las a pararem de dormir, comer ou beber. O que diremos a um casal de namorados lascivos? Com certeza não diremos que o problema está no gosto pelo sexo oposto. O que você faz no seu casamento, no seu namoro, nas suas amizades, no seu trabalho, na sua escola, no seu computador é mero reflexo do nível de comunhão que você tem com Deus. Santifique a tua vida e verá que tudo que você fizer honrará ao Senhor. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (I Co. 10:31). Isso já foi tratado em post anterior. Se você não o leu, sugiro que o faça. 

Neste post, dou um enfoque diferente sobre esse tema. Pretendo lançar luzes em uma área que quase nunca se aponta a Palavra de Deus para sua direção: os pecados e erros administrativos de uma congregação e a tentativa de expiá-los apresentando soluções pragmáticas. Para alguns, é cômodo que continue assim, enquanto a maioria sofre com as consequências.

A tentativa de se retirar a culpa sobre si, e colocá-la sobre os outros é tão velho quanto o próprio pecado. Em Gênesis vemos Adão tentando se eximir da culpa colocando-a em Deus e em sua mulher, e Eva fazendo o mesmo culpando a Serpente que é Satanás (Gn. 3:8-13).

Atitudes assim também fazem parte do dia a dia de nossas igrejas. Lamentável ver pastores em seus púlpitos pregarem lindos sermões sobre a necessidade de se humilhar, reconhecer culpa, fraquezas e pedir perdão sempre, e nunca vê-los fazer isso; nunca. Muitos anos de ministério a frente de uma mesma igreja e nenhum pedido de perdão ao longo dos anos. Em vez disso, as atenções sempre estão voltadas para fora do seu ministério. Uma vez, ouvi um deles repreendendo os membros de sua igreja por estarem assistindo pregações de outros pastores, de outras igrejas, pela internet, o que estava causando questionamentos do seu ministério, tirando a paz de sua igreja. A causa dos problemas de dentro está lá fora, sempre lá fora. Não é à toa que não me espanta o fato de que, com a mesma rapidez com que surgem os escândalos dentro das igrejas, surgem também os bodes expiatórios.



Desde a época do Antigo Testamento, o ritual mais importante para o povo judeu é o dia do Yon Kippur (dia do perdão), onde dois bodes eram preparados e levados ao Templo perante o Senhor e, mediante sorteio, um seria queimado sobre o altar do sacrifício e o outro se tornaria o bode emissário (expiatório) que seria deixado com vida e enviado para o deserto. Encontramos esse preceito em Levítico 16:7-8, 21-22: “Também tomará ambos os bodes, e os porá perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo SENHOR, e a outra pelo bode emissário... E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto”. O foco da cerimônia era o arrependimento do homem e a misericórdia de Deus em perdoá-lo. Depois diz em Levítico 23:29 “Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo.” A palavra afligir significa humilhar. Por isso o perdão deve ser precedido de aflição, humilhação. E só haverá humilhação com reconhecimento de culpa. Esse reconhecimento de culpa deve ser completo, cabal, ou seja, deve abranger todos os envolvidos na questão. Se o teu pecado não ofendeu nenhuma outra pessoa, quer crente ou descrente, humilha-te diante de Deus e pede perdão a Ele somente. Mas, se o teu pecado é público, neste caso, a humilhação e o perdão devem também ser públicos. “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós... Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (I Jo. 1:8,10). Quanto maior a posição que se exerce na liderança de uma igreja, maior será a necessidade de se observar esse princípio.

A disposição de reconhecer pecados e erros administrativos dentro das igrejas é algo que está ficando cada vez mais raro. Certa vez, numa longa conversa com um pastor, expus a ele pontos que precisavam ser corrigidos em seu ministério e, com a intenção de ajudá-lo, dei alguns conselhos. Ele, com muito desdém, escreveu tudo que eu dizia numa agenda. Quando conclui, olhou para os diáconos que estavam a sua volta, fechou a agenda, empurrou-a para longe de si e começou a sua defesa com a seguinte pergunta: “Onde você estava no dia do meu aniversário?” Meu queixo caiu até a altura dos joelhos! Custei a entender onde ele queria chegar com essa pergunta, mas depois de mais duas ou três, compreendi: ele estava reivindicando honras para si, e aquela minha atitude de procurá-lo, questioná-lo, o desonrava tanto quanto a ausência de alguém a sua festa de aniversário (nada mais infantil). No meio da conversa, muito nervoso, por uma das janelas de seu gabinete, apontou para o grande portão que dava para a rua e pediu para eu pegar minha família e procurar outra igreja. Pessoas assim, nunca estão dispostas a olharem para dentro. “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as fornicações, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.” (Mc. 7:21-23).

Igrejas com boas Confissões de Fé e sólida base doutrinária naufragam tristemente nesse aspecto. Erguem fortes muros em defesa do evangelho e em suas igrejas colocam atalaias em altas torres e arqueiros em posição de guarda sobre as muralhas. Transformam seus membros num verdadeiro exército bem armado e combativo, pronto para rechaçar o inimigo quando ele bater às portas com suas hostes. Esquecem que fortalezas podem ser tomadas sem um único tiro de arco. Basta o inimigo montar cerco e esperar que os próprios moradores destruam a si mesmos. Esse é um dos modos que Deus tem utilizado para disciplinar Seu povo - “E sitiar-te-á em todas as tuas portas, até que venham a cair os teus altos e fortes muros, em que confiavas em toda a tua terra; e te sitiará em todas as tuas portas, em toda a tua terra que te tem dado o Senhor teu Deus. E comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o Senhor teu Deus, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão.” (Dt. 28:52,53). Com a Massada não foi diferente. Sabendo dessa estratégia, as tropas romanas montaram cerco sobre Massada, um palácio construído por Herodes, o Grande, símbolo do seu orgulho e grandeza, tido por alguns como inexpugnável, cujo fim foi o suicídio em massa de seus moradores. A palavra disciplina transmite a ideia de consequência; consequência de uma atitude anterior reprovável aos olhos de Deus. E essa atitude digna de repreensão é a mesma desde sempre e nunca mudará: “... porquanto não destes ouvidos à voz do Senhor teu Deus.” (Dt. 28:62, 2ª parte). De fora vêm as consequências, mas dentro está o mal.

Fico pensando na ira que levou Jesus a expulsar os mercadores do Templo de Jerusalém e penso que o que falta aos membros de hoje é um pouco dessa ira e zelo santos pelas coisas de Deus. Combater os erros de dentro de sua igreja não é, e nunca foi, uma tarefa fácil, assim como não foi para os profetas levantados por Deus para repreender a nação de Israel nos dias que antecederam ao juízo. Não há honra, nem glória, nem louros para os que se encorajam nessa missão. Esse nunca será bem quisto entre os seus irmãos e sempre terá consigo, à espreita, pessoas esperando que seus pés resvalem. “E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda. E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorou. (Jo. 2:15-17).

Causa-me imensa tristeza e indignação (por que não?), o fato de pastores darem ouvidos a pesquisas realizadas na Universidade de Chicago, distante mais de 7.000 Km de suas igrejas, e acharem o resultado muito interessante, divulgando isso em seus informativos, enquanto se recusam a realizar pesquisas de opinião no seu próprio rebanho; enquanto não querem ouvir os balidos de suas próprias ovelhas. A cada mês, ao celebrarmos a Ceia do Senhor, os membros são convidados a examinarem a si mesmos, perscrutarem seus atos, comparando suas atitudes com a Palavra de Deus, buscando uma correção de vida, mas nunca soube de um pastor que utilizasse sequer o tempo de uma escola dominical para ter uma conversa franca e desarmada com seus membros sobre os rumos que sua igreja está tomando ou o modo de realizarem seus projetos e planos, muito menos perguntarem opiniões sobre seu próprio ministério.

Por isso, quando casos de homossexualismo surgem nas igrejas, a fragilidade de seu ministério e a administração falha não podem ser expostas. Melhor é condenar aquilo que está em voga, na moda, em pleno uso e popularidade, seja o televisor da tua sala, a Malhação e novela das oito na Globo ou o Facebook de Mark Zuckerberg. Para tudo isso, há um grande número de pesquisas para embasar posições que vão de um extremo ao outro; condenando ou apoiando, é só escolher em que lado se quer estar e os interesses que se quer defender e, sem muito esforço, a pesquisa aparecerá para apoiá-lo. Enquanto isso, a opinião dos membros de sua igreja não é citada em nenhuma pesquisa. Diálogo franco e aberto com a membresia, não se quer. Nenhuma crítica equilibrada e embasada é publicada em seus jornaizinhos. O pastor conduz o rebanho e o rebanho segue o pastor. Essa é a ordem natural das coisas, e é assim que deve continuar sendo nas igrejas porque essa é a vontade de Deus. Mas isso não significa que o pastor, se valendo da posição que Deus o colocou, não deva olhar para o rebanho e nem perceber em suas ovelhas sinais de fraqueza, de doenças e de exaustão espiritual. Somente um pastor que ama o rebanho que lhe foi confiado suspende a marcha e cuida das ovelhas cansadas e feridas. Por outro lado, o mau pastor as abandona pelo caminho porque estas, se continuarem, atrapalharão a caminhada para o próximo pasto.

Logo depois da conquista de Jericó, quando Israel tentava tomar a pequena cidade de Ai, o coração do povo se derreteu porque perdera aquela importante batalha e o exército do Senhor bateu em retirada diante de seus inimigos. Josué, então, se prostrou com o seu rosto em terra e diante da arca do Senhor, dirigiu lamentações a Deus e O culpou por ter abandonado o seu povo em batalha. Foi quando Deus mandou Josué se levantar, deixar de reclamar e procurar resolver a questão do pecado que estava escondido dentro do próprio arraial, no interior de suas tendas. “Então Josué rasgou as suas vestes, e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a arca do Senhor até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças. E disse Josué: Ah! Senhor Deus! Por que, com efeito, fizeste passar a este povo o Jordão, para nos entregares nas mãos dos amorreus para nos fazerem perecer? Antes nos tivéssemos contentado em ficar além do Jordão! Ah, Senhor! Que direi? Pois Israel virou as costas diante dos inimigos! Ouvindo isto, os cananeus, e todos os moradores da terra, nos cercarão e desarraigarão o nosso nome da terra; e então que farás ao teu grande nome? Então disse o Senhor a Josué: Levanta-te; por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e transgrediram a minha aliança que lhes tinha ordenado, e tomaram do anátema, e furtaram, e mentiram, e debaixo da sua bagagem o puseram. Por isso os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos; viraram as costas diante dos seus inimigos; porquanto estão amaldiçoados; não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós.” (Js. 7:6-12). 

Quando surgem os escândalos em nossas igrejas, é o momento de procurarmos o anátema escondido em nossas tendas, porque ele está lá, em algum lugar. Não dá para escondê-lo de Deus. Igrejas que jogam sujeira para debaixo do tapete, segredam pecados e os trata de forma diferente a depender de quem os pratica, devem cavar fundo, bem mais fundo ainda, porque o anátema estará lá com certeza. Quem terá coragem e disposição para tanto? É hora das igrejas pararem de criar bodes expiatórios e colocarem neles toda a culpa de seus próprios desmantelos, desmandos, negligências e pecados. Temo não haver tantos bodes assim. 

Leia a Bíblia. Pense. Viva.

Fredson Andrade, 
um servo que ama a Igreja do Senhor Jesus Cristo, 
mas se indigna diante do pecado que a acomete.


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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Texto Proibido de A. W. Tozer



Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer diante de Deus, sempre que possível, com nossa Bíblia aberta em I Coríntios 13.” (A. W. Tozer) 

Todo crente que gosta de leituras edificantes, com certeza, já se deparou com algum dos escritos de Aiden Wilson Tozer (1897 - 1963). Exemplo de ministério frutífero na pregação, no pastoreio e na produção literária, escrevendo mais de 40 livros, ele mesmo sintetizou seu ministério com a seguinte frase: “Penso que minha filosofia seja esta: tudo está errado até que Deus endireite”. E nessa urgência de que as coisas se amoldassem ao padrão estabelecido por Deus, seus escritos despertam o leitor para ver o mundo, as coisas e os acontecimentos que nos cercam, com os olhos de Deus, nos chamando para um relacionamento mais profundo com o Criador. 

Seus escritos abordam diversas áreas da vida cristã, apontando erros que crentes e igrejas de hoje preferem ignorar. Sem nenhuma formação teológica formal, não passou por seminários, mas, munido apenas pela Palavra de Deus e na dependência do Espírito Santo, se opôs ao mundo que teima em se associar com os santos e aos santos que teimam em se associar com o mundo. Por isso, Tozer ainda incomoda. 

Com muita facilidade você encontrará nos informativos de sua igreja textos que exortam o crente a ter uma vida de retidão, de serviço, de mordomia, de amor, de oração, de santidade e submissão. Tudo isso é bíblico e deve ser observado porque Deus assim o quer. Difícil é encontrar publicado nas igrejas textos que exortem a própria liderança a se comportar de forma igualmente bíblica. A razão disso está ligada à vaidade de muitos líderes e a uma autoimagem criada, ao longo dos anos, imune a críticas, por vezes construídas a custa de muitas famílias e bons servos de Cristo forçados a saírem para outros apriscos. Nos últimos dias, isso está ficando cada vez mais comum dentro de igrejas que se dizem conservadoras, fundamentalistas ou qualquer outro adjetivo que tenham atribuído a si. 

Se seus líderes têm esse perfil, segue abaixo um texto de A. W. Tozer que muito dificilmente você lerá no jornalzinho de sua igreja. Depois de lê-lo, sugiro que dobre os joelhos e ore por sua liderança. 

Que Deus tenha misericórdia desses homens, de suas igrejas e de seus rebanhos. 

Leia a Bíblia. Pense. Viva.
Fredson Andrade 



Quanto a Receber Admoestação

Uma breve e singular passagem do Livro do Eclesiastes fala de um "rei velho e insensato, que já não se deixa admoestar". 

Não é difícil entender por que um rei idoso, especialmente se fosse estulto, acharia que estava acima de toda admoestação. Depois de ter dado ordens durante anos, facilmente poderia construir uma psicologia autoconfiante que simplesmente não poderia agasalhar a noção de que deveria receber conselho de outrem. Por muito tempo a sua palavra fora lei, e, para ele, certo se tornara sinônimo da sua vontade e errado viera a significar tudo que contrariasse os seus desejos. Logo, a idéia de que houvesse alguém bastante sábio ou bas­tante bom para repreendê-lo não chegaria a entrar em sua mente. Se fosse um rei insensato, deixar-se-ia apanhar nesse tipo de rede, e se fosse um rei velho, daria à rede tempo suficiente para o prender tão fortemente que ele não poderia rompê-la, e tempo suficiente para acostumar-se tanto a ela que não mais estaria ciente da sua existência. 

Independentemente do processo moral pelo qual chegou à sua condição empedernida, o sino já dobrara para ele. Em todas as par­ticularidades era um homem perdido. Seu ressequido e velho corpo ainda podia aguentar-se para provê-lo de um túmulo móvel para abrigar uma alma já morta. A esperança partira, havia muito tempo. Deus o deixara entregue ao seu próprio convencimento fatal. E logo morreria fisicamente, também, e morreria como morre um tolo. 

Um estado de ânimo que rejeita a admoestação caracterizou Is­rael em vários períodos da sua história, e estes períodos foram seguidos invariavelmente pelo julgamento. Quando Cristo veio para os judeus, achou-os transbordantes daquela arrogante autoconfiança que não se dispõe a aceitar repreensão. "Somos somente de Abraão", disseram friamente quando Ele lhes falou dos pecados deles e da sua necessidade de salvação. As pessoas comuns O ouviam e se ar­rependiam, mas os sacerdotes tinham mantido o domínio tempo de­mais para se disporem a renunciar à sua posição privilegiada. Como o velho rei, tinham-se acostumado a estar certos o tempo todo. Repreende-los era insultá-los. Estavam acima da censura. 

As igrejas e as organizações cristãs têm mostrado uma tendên­cia para cair no mesmo erro que destruiu Israel: incapacidade para receber admoestação. Depois de um período de crescimento e de labor vitorioso vem a mortal psicologia da autogratulação. O próprio sucesso torna-se a causa do fracasso posterior. Os líderes passam a aceitar-se como os escolhidos de Deus. São objetos especiais do favor divino; o sucesso deles é prova suficiente de que é assim. Portanto, eles têm que estar certos, e quem quer que tente chamá-los a contas é imediatamente proscrito como um intrometido desauto­rizado que devia se vergonha de ousar censurar os que são melhores do que ele. 

Se alguém imagina que estamos meramente jogando com as pa­lavras, que aborde ao acaso algum líder religioso e chame a atenção dele para as fraquezas e pecados presentes em sua organização. Com toda a certeza, o tal topará com bruscas negativas e, se se atrever a persistir, será confrontado com relatórios e estatísticas para provar que está absolutamente errado e completamente fora de ordem. "So­mos a semente de Abraão" será a carga da defesa. E quem ousaria achar falta na semente de Abraão? 

Os que já entraram no estado em que não podem mais receber admoestação, não é provável que tirem proveito desta advertência. Depois que um homem caiu no precipício não há muito que você possa fazer por ele; mas podemos colocar sinais ao longo do caminho para impedir que o próprio viajante caia. Eis alguns: 

1. Não defenda a sua igreja ou a sua organização contra a crítica. Se a crítica é falsa, não pode causar dano. Se é verdadeira, você tem que ouvi-la e fazer alguma coisa a respeito dela. 

2. Preocupe-se, não com o que você tem realizado, mas com o que poderia ter realizado se seguisse o Senhor completamente. É melhor dizer (e sentir): "Somos servos inúteis, porque fizemos ape­nas o que devíamos fazer." 

3. Quando censurado, não preste atenção na fonte. Não inda­gue se é um amigo ou um inimigo que o repreende. Frequentemente um inimigo é-lhe de maior valia do que um amigo, porque aquele não é influenciado pela simpatia. 

4. Mantenha o coração aberto para a correção dada pelo Se­nhor e esteja preparado para receber dEle o castigo, sem se preocupar com quem segura o açoite. Os grandes santos aprenderam todos a levar surra com classe — e esta pode ser uma razão por que foram grandes santos. 


Tozer, A. W. O Melhor de A. W. Tozer. Seleção predileta dos livros de um profeta de hoje. Vol. 7 – Série A.W. Tozer, 1ª edição. 1984. Ed. Mundo Cristão, p.107.


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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Problemas técnicos



Caros leitores, devido a problemas de configuração, o site estava temporariamente inabilitado para aceitar comentários dos leitores.

Corrigido o problema, peço desculpas e, também, que enviem suas opiniões, críticas e sugestões.

Forte abraço. 
Em Cristo.

Fredson Andrade

sábado, 24 de novembro de 2012

Para os que ainda não "mataram" o Facebook



No domingo, 11 de novembro, ouvi uma mensagem em que o pastor, em determinado ponto, alertou para os riscos e futilidades das redes sociais. Para ele, o facebook não traz benefício algum. É uma rede de fofocas onde as pessoas passam o tempo todo bisbilhotando a vida de outras pessoas. Além disso, divulgam as suas próprias intimidades, postando fatos e fotos do seu dia a dia, a espera que outros façam o mesmo. Falou também sobre o desperdício de tempo, pois os jovens passam horas intermináveis logados e curtindo baboseiras e imagens sem graça, ao invés de estarem servindo a Deus. Lá pelas tantas, lançou um desafio para os membros: mostrasse uma conversão, uma benção através do facebook, que ele mostraria dezenas de maldições e desmantelos que o face causou em pessoas e famílias. Concordo com ele em gênero, número, mas não em grau.

Na década de 1950, quando o empresário Assis Chateaubriand desembarcou no Brasil com os 200 primeiros aparelhos de TV, e numa jogada de marketing, os espalhou pela cidade, aquilo causou um rebuliço. Ninguém queria fazer mais nada, a não ser ficar em frente de um desses aparelhos contemplando pontos pretos e brancos formando imagens disformes. Onde estava um aparelho de TV, ali estavam as pessoas reunidas com seus afazeres por fazer. Pouco tempo depois, a TV se populariza e entrou de vez nas casas. Aí o bicho pegou. 

Quem nunca ouviu ou soube de alguma mensagem onde se apregoava a quebra de aparelhos de TV a pau. Pessoas passavam um ano inteiro juntando o que sobrava para adquirir um pouco de entretenimento (na verdade não era sobra, mas sacrifício onde se deixa de comprar umas coisas para ter outra – sobra de dinheiro... só pra rico). No dia seguinte, chega um pastor novo na cidade com uma mensagem de que TV é coisa do diabo e pau na TV. O trágico é que pastores do mesmo naipe, hoje, têm um discurso parecido, só que transmitido por aparelhos de TV e suas emissoras, que os membros de suas igrejas ajudam a pagar.

Há um jargão tão velho quanto útil: “a TV tem um botão – liga/desliga”. E isso resume tudo. O que se passa em teus pensamentos entre o ato que te impulsionou a ligar uma TV ou acessar a internet e o ato que te levará a desliga-los é o que importa. Como diz Paulo em 1 Co 10:31 “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.”, e em outra parte diz “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Coríntios 10:23), “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Coríntios 6:12).

Se o que você vê e faz na internet ou no seu site de relacionamentos glorificam a Deus, não vejo óbice para continuar o que está fazendo. Agora, se não, pare imediatamente. Uma maneira de descobrir isso é, primeiramente, pedindo a Deus para ajudar-lhe a sondar seu coração. Davi o fez e registrou esse pedido no belíssimo Salmo 139: “SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos." (Salmos 139:1-3) e no versículo 23 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.”

Se mesmo assim você tiver com dúvidas, permita que seus pais vejam o que você faz na internet e posta no facebook. Ousaria mais, dê seu login e senha para que eles tenham amplo acesso. Estranhos são os jovens de hoje... reivindicam privacidade aos pais, enquanto postam suas intimidades para os “amigos”. 

Se faltaram argumentos pra sair do Facebook:


Se a vontade de permanecer for maior ainda:


Terminando. Pra ser benção no ambiente virtual, necessário antes ser benção no mundo real. Não adianta perguntar se os crentes de hoje utilizam o facebook como instrumento de evangelização, quando na verdade não dão a mínima para o perdido que está sentado ao seu lado, e menos ainda para um irmão em Cristo que precisa de um pouco de atenção. Sei que sua igreja tem um site. Pergunte ao seu pastor quando foi a última conversão! Mas esse é um assunto para um outro post. Quem sabe...

Leia a Bíblia. Pense. Viva. 

Fredson Andrade


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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Acríticos conformados: uma forte tendência na Igreja brasileira

Esse era um texto que gostaria de ter escrito. O bom é que outros pensam igual a mim.
Leia e pense... Que tipo de crente você é? Em que tipo de igreja você está?


















Por Ruy Marinho

Um perigoso bloqueio intelectual está sendo inserido na mente dos cristãos da igreja brasileira. Trata-se de uma onda de conformismo acrítico, ou seja, a aceitação cômoda de não criticar as palavras e atitudes das pessoas no ambiente eclesiástico, impossibilitando o crente de provar pensamentos e atitudes de maneira biblicamente racional.

O apóstolo Paulo adverte que a nossa fé não deve ser irracional: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vossoculto racional” (Rm 12:1, negrito meu).[1] Excluindo o senso racional, o cristão ficará intelectualmente enfraquecido e mais propício a aceitar os enganos dos falsos profetas que Cristo nos alertou: “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24:11).Em primeira análise, percebemos que este bloqueio intelectual é resultante dos famosos terrorismos espirituais, causados por clichês como “não toqueis nos ungidos de Deus” e “não devemos julgar”, que infelizmente são ensinados e defendidos por muitos líderes. Porém, é importante salientar que na verdade trata-se de conceitos teológicos errôneos, dos quais tem como objetivo impossibilitar a pessoa de desenvolver suas faculdades mentais de raciocínio lógico, facilitando o falso líder a ter um controle manipulável dos membros de sua respectiva comunidade.

Aqueles que são resignados a esta condição acrítica, acomodam-se na posição irracional de “crente manipulado”, bloqueando qualquer ação iniciativa e inibindo o desejo de evoluir teologicamente. Ou seja, o crente estará sujeito à restrição de qualquer questão doutrinária e/ou moral, aprisionando sua mente ao ponto de não conseguir discernir mais o certo do errado. Neste caso, as verdades absolutas estão enganosamente contidas nas palavras de seus respectivos líderes e não na bíblia. Com isso, não há entendimento bíblico correto dos textos sagrados, fazendo com que nos ambientes eclesiais os falsos conceitos ensinados sejam tidos como verdades espirituais absolutas e inquestionáveis.

Para as pessoas nessas condições, uma exortação vinda de alguém sobre o perigo eminente decorrente de algum erro teológico, praticamente não possui efeito, pois a comodidade e a cegueira espiritual é um impedimento para tais pessoas crescerem e se aprofundarem nas verdades bíblicas, bem como desenvolver a verdadeira fé cristã com discernimento e senso crítico. Afinal, a mentira dita várias vezes pelo falso líder torna-se verdade absoluta e a ideia apócrifa do “ungido de Deus incriticável” é facilmente implantada.

Na verdade, seguir este conceito é um tremendo engano, pois a Bíblia mostra exatamente o contrário! Um exemplo claro está em Atos 17:11, onde narra que os crentes de Beréia eram pessoas nobres, porque conferiram nas Escrituras o que ouviram de Paulo, para ver se, de fato, era verdade. Caro leitor, seja sincero! Você tem o costume de conferir na Bíblia tudo o que ouve e vê? Se a resposta for não, você pode estar vivendo algo parecido com o que descrevi acima.

Neste caso, é necessário uma atitude urgente, voltando-se para a Bíblia antes que seja tarde, pois se a mesma é a nossa única regra de fé e conduta, devemos tê-la como bússola para todas as nossas atitudes. Caso contrário, estaremos inconscientemente negando a Bíblia e depositando a nossa esperança em homens. O primeiro passo é desmistificar os dois pontos principais que causam o comodismo acrítico, citados no começo desse artigo.

1 – Não toqueis nos ungidos de Deus!

As passagens bíblicas utilizadas para defender que não devemos “tocar nos ungidos de Deus” são 1Sm 24:6 “E disse [Davi] aos seus homens: o Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor. Dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.” e Sl 105:15 “Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas”.

Baseado nesses dois versículos, muitos líderes tendenciosos criaram uma classe especial de crentes que, segundo eles, seriam absolutamente incriticáveis ou inquestionáveis, como se fossem mediadores exclusivos entre o homem e Deus. Isso é um tremendo engano, pois o nosso único mediador é Jesus Cristo (1Tm 2:5).

Biblicamente, ungir significa “derramar óleo sobre”. Na cultura judaica antiga, era a forma de oficializar um ofício de sacerdote, ou de reis, para credenciá-los a serem mediadores entre Deus e a humanidade. Por esta razão, Jesus é chamado de Cristo ou Messias, palavras que significam “ungido”.

Em 1Sm 24:6, Davi está falando exclusivamente de Saul, que era ungido como rei. Em Sl 105:15, o salmista fala dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Em ambos os casos, o sentido de “tocar”, segundo o contexto, significa utilizar de violência física, maltratar, estender a mão contra. Em momento algum estas passagens são direcionadas contra questionamentos e/ou críticas. Se fosse assim, invalidaria a repreensão do profeta Natan a Davi (2 Sm 12:1-15), a crítica e repreensão de Paulo para com Pedro em seu erro doutrinário (Gl. 2:11-16) e até mesmo o próprio Jesus em várias críticas e repreensões que o mesmo fez aos fariseus (Mateus 23:23 e Lucas 11:23).

No Novo Testamento, o termo “unção” (grego=chrisma) aparece apenas três vezes, dentro de uma mesma passagem, 1 Jo 2:20 e 27, na qual afirma que todos nós recebemos e temos conhecimento da “unção que vem do Santo“, ou seja, todos nós somos capacitados pelo Espírito Santo (2Co 1:21-22). Em comparação, a palavra “ungido” (grego=Christos) é direcionada exclusivamente para Cristo, nunca para os líderes da igreja, nem mesmo aos apóstolos.[2]

Portanto, não existe qualquer possibilidade exegética que dê margem para aplicar as passagens veterotestamentárias em questão aos líderes da igreja, tornando-os incriticáveis e imunes a repreensões.

2 – Não devemos julgar!

A primeira passagem Bíblica que devemos analisar, talvez seja a mais usada para afirmar que não devemos julgar aqueles que ensinam conceitos contrários as Escrituras. Trata-se de Mateus 7:1 “Não julgueis, para que não sejais julgados.” Pegando este versículo isolado, de fato, a interpretação será absoluta para “não julgar”. Porém, jamais devemos interpretar textos bíblicos de maneira isolada, retirando as passagens de seus respectivos contextos. E o contexto direto da passagem nos diz claramente que Jesus não proibiu o julgamento em si, mas um tipo de julgamento específico. Vejamos: “Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.” (Mt 7:2-5)

No versículo 1, Jesus disse aos judeus que eles não deveriam julgar. Já do versículo 2 em diante, Cristo dá a razão pela qual eles não poderiam julgar: o julgamento hipócrita! Os judeus estavam condenando os pecados dos irmãos, porém eles próprios estavam praticando as mesmas coisas (e até piores). Imagine como exemplo, uma mulher que abortou uma criança criticando um bandido que matou alguém em um assalto! Por fim, no versículo 5, Cristo diz que devemos primeiramente corrigir os nossos próprios pecados, para somente depois ajudar o nosso irmão, corrigindo-o de seu erro.

Outra passagem bastante utilizada pelos líderes manipuladores é Romanos 14:10, onde diz: “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo“. Da mesma forma que Jesus, Paulo não está condenando o julgamento em si, mas sim um julgamento específico. Segundo o contexto, alguns irmãos recém convertidos eram legalistas, com isto os cristãos mais experientes estavam ficando impacientes. Paulo faz uma exortação para que os mesmos sejam mais tolerantes e não julguem os débeis (fracos) na fé, acolhendo-os com aceitação, pois com o tempo o amadurecimento viria naturalmente. Vale lembrar que, o que estava em questão não eram assuntos que comprometiam a ortodoxia cristã, mas sim pontos secundários da fé. Se fosse algo que comprometesse a fé cristã, Paulo com certeza teria outra atitude (Gl 1:6-7, 3:1-5, Fp 3:2, 18-19).

A bíblia claramente instrui os cristãos a julgar todas as coisas. Prova disto está em João 7:24: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”. No contexto da passagem, Cristo está confrontando os judeus que questionaram sua doutrina, e tinham-no acusado de ter um diabo (vs 20) e de quebrar o dia do Sábado curando um homem (Jo 5:1-16). A questão colocada por Jesus é o ato de julgar de maneira exterior e superficial, ou seja, sem conhecer realmente os fatos, tornando o julgamento injusto. O ato de julgar “pela reta justiça” tem como premissa a lei de Deus como padrão pelo qual discernimos as coisas, pois a bíblia é a nossa única regra de fé e prática.

1ª Coríntios 5 também é uma base bíblica importante a respeito do nosso dever de julgar. No versículo 3 Paulo declara, sob a inspiração do Espírito, que ele tinha julgado um membro da igreja em Corinto que estava vivendo no pecado de fornicação. Seu julgamento a tal pessoa foi “seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”. Já nos versículos 9 a 13, Paulo lembra aos santos do seu dever de julgar as pessoas que estão dentro da igreja, se elas estão ou não obedecendo à lei de Deus. Aqueles que alegam ser cristãos e são membros da igreja, mas que são julgados como sendo desobedientes a qualquer mandamento da lei de Deus (vs 9-10), devem ser excluídos da comunhão da Igreja. Paulo, sob a inspiração do Espírito, diz para a igreja não tolerar pecadores impertinentes.

Outras passagens bíblicas também indicam que é de nossa responsabilidade julgar. Jesus pergunta às pessoas em Lucas 12:57: “E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?”. Paulo orou para que o amor dos crentes em Filipos “aumentasse mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção” (Fl 1:9). Ele disse aos Corintos: “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo” (1 Co 1:15).

Os cristãos são solicitados a examinar tudo e reter o bem (1 Ts 5:21). Eles também são obrigados a provar se os espíritos são de Deus: “Irmãos, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo afora” (1 Jo 4:1). Mesmo nas reuniões cristãs eles devem “julgar” o que ouvem: “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem” (1 Co 14:29). Os Crentes de Corinto receberam ordens para julgar imediatamente a imoralidade existente entre os seus membros (1 Co 5:1-8). Mesmo o estrangeiro de passagem não deve ser hospedado se for verificado que não se trata de uma pessoa alicerçada na verdadeira fé ( 2Jo 10,11). Deve ser considerado como anátema (maldição) àqueles que apresentarem algum tipo diferente de evangelho (Gl 1:9).

Portanto, concluímos que biblicamente é dever de todo Cristão Julgar, fazendo juízo através de suas faculdades mentais de raciocínio. Se alguém ensinar algo em desacordo com as Escrituras – mesmo partindo do líder de sua igreja, esta pessoa deve ser confrontada com a Bíblia, obviamente com respeito e submissão. Ninguém, absolutamente, é intocável ou incriticável, pois não há respaldo bíblico para afirmar que exista um nível de “unção especial” que anule o raciocínio para o entendimento de qualquer coisa falada, ensinada e praticada. Tudo deve ser conferido na Bíblia.

Por fim, alerto que este ato de julgar não significa fazer injúrias ou calúnias, com comportamentos de sarcasmo e desprezo sobre a pessoa que está no erro, mas sim deve ser feito com linguagem sadia e irrepreensível, no âmbito teológico e moral (Tito 2:7-8, 1Pe 3:15-16). Se alguém está desviando-se do Evangelho e pregando heresias, a nossa obrigação é alertar, repreender, exortar e conduzir o pecador ao entendimento bíblico (2Tm 4:2-4). Caso a disciplina seja indispensável, a mesma deve ser aplicada com seriedade, amor e tristeza, sempre objetivando o arrependimento, e não a condenação eterna do pecador, algo que cabe exclusivamente a Deus.

Soli Deo Gloria!

Notas:
[1] – A tradução bíblica utilizada no artigo é a Almeida Revista e Atualizada – SBB.
[2] – Concordância Fiel do Novo Testamento Grego-Português, Vol 2. – Editora Fiel

Fonte: http://www.bereano.com.br/?p=664


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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Meu primeiro poema


Resolvi colocar meus pensamentos em versos. Para os literatos de plantão, sugestões.

O Bigode e a Honra

Meu avô falava de um tempo
em que as palavras de um homem,
inabaláveis ao vento.
Nanquim de nada servia
pois o papel não retinha
o compromisso selado num dado momento.
Bigode em fios dado em fiança
era muito mais que uma vã esperança
de ser o acordo cumprido, quitado, adimplido.
O homem honrado assim procedia
porque com o raiar do dia
mirava nos olhos de outros com os quais convivia.

Meu pai falava de um tempo
em que as palavras de um homem
titubeavam ao vento.
O papel pra tudo servia
enrolar pães e pessoas, que triste agonia
e o compromisso selado, antes sagrado, de pouco valia.
O bigode em fios se desfez
melhor mesmo tirá-lo de uma vez
do que ser chamado tapado, antiquado, quadrado.
A honra de um homem, que tenra chama
Por quê? Quem o critica não o ama?
Mira nos olhos de outro que, como ele, não clama.

Hoje, eu falo de um tempo
em que as palavras de um homem
são levadas ao vento.
Nanquim, papel, nada tem serventia
Palavras... não te dão garantia
Acordos, contratos, selados, solenes, por vezes quebrados, na ordem do dia.
Bigode e honra, nunca mais os veremos
se faltar coragem pra defender o que cremos.
Nessa batalha inglória, por esposa e filhos, tememos.
O homem de honra não está na igreja, mosteiro, clausura
Está de consciência pura
enquanto os demais, envaidecidos e cegos na própria loucura.


Fredson Andrade


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Objetivos do Blog




Não vou ser modesto quanto a isso. Este blog nasce com uma grande pretensão: colocar o povo de Deus para pensar. Talvez esse seja o motivo de um fracasso anunciado. Contudo, viso abrir espaço onde hoje não se tem, para discussão e troca de ideias sobre o que acontece no dia a dia de nossas vidas e igrejas. Irmãos conversando com irmãos, compartilhando o que pensam e comparando tudo com o que diz a Palavra de Deus. “E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” (Atos 17: 10 e 11).

Mensagens anônimas não serão aceitas. Este não é um espaço para ataques pessoais e nem para indelicadezas, embora reconheça que ao nos posicionarmos em relação a este ou aquele assunto, possa gerar certo desconforto para os que se julgam os donos da verdade. Para estes, deixo a oração de Jesus - “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11:25).

Fredson